segunda-feira, 22 de junho de 2009

Bucha e Estica



O Utopia Teatro apresentou, inserido no Festival de Sintra / Contrapontos o texto dramático “Laurel & Hardy vão para o Céu”, uma comédia amarga de Paul Auster sobre a perda de identidade do homem contemporâneo face ao mundo globalizado e desumanizado que o rodeia, que carrega a forte influência, por um lado, de À espera de Godot, de Samuel Beckett e, por outro, das comédias burlescas de Stan Laurel e Oliver Hardy – conhecidos em Portugal como Bucha e Estica –, que marcaram Hollywood nos anos 30. A encenação foi de Rui Braz e a interpretação de Paulo Cintrão e Ricardo Santos.

E a água?

Projecto "Backspace"











(“ move the carriage of a typewriter back one or more spaces by pressing the key called the back spacer key, used for this purpose”)

O tema proposto tem como base a leitura do Capítulo III, “Sobre Narciso ou a Estratégia do Vazio” da obra A Era do Vazio, de Gilles Lipovetsky.

Ao longo dos tempos, o Homem tem procurado reconhecer-se e descobrir a sua identidade numa figura mitológica que, de certa forma, reinterprete os problemas da sociedade em que está inserido. Assim, GL considera que o narcisismo surge de uma “deserção generalizada dos valores e finalidades sociais implicada pelo processo de personalização”. As perturbações narcísicas caracterizam-se, essencialmente, por um “mal-estar difuso e invasor, um sentimento de vazio e de absurdo da vida, uma incapacidade de sentir as coisas e os seres”. Realça, por isso, o desapego emocional cada vez mais presente nas relações pessoais dos nossos dias. Este estado de indiferença, denominado por Lash como “the flight of the feeling” procura proteger o indivíduo de decepções amorosas e dos seus impulsos, os quais ameaçam o seu equilíbrio interior. Cada um vive no meio da sua indiferença, levando a que se torne incómodo revelar os seus próprios afectos, demonstrar os seus impulsos internos, até chorar. Neste sentido, e de acordo com Nietzche, o Homem vive a errância, a qual caracteriza a contemporaneidade. E num cenário em que impera o desencanto, resta ao homem o desafio de ter que construir o sentido da sua existência. A procura do outro far-se-á no sentido da reestrutura pessoal, uma procura de alteração de hábitos de vida. A discrição passa a ser o lema fundamental no viver quotidiano. Em todo o lado se encontra a solidão, o vazio, a dificuldade de sentir e de se ser transportado para fora de si mesmo. Por isso, a existência do Homem torna-se “sismográfica”. Lipovetsky considera que o homem moderno vive numa era de hiper-individualismo e hiper-consumismo, perdido no meio do excesso de informações e sem o apego a valores. O interesse do homem por temas públicos é feito de forma muito pontual, de acordo com as suas necessidades. O que é agora já não o é daqui a pouco! Existe, por isso, uma desorientação, um vazio de referências estruturantes. Mais do que se viver na era do vazio, o autor refere que se vive na era do vago, na era da confusão e da desorientação, permitindo que a procura de soluções individuais para problemas, existências e sofrimentos seja cada vez maior. Assim, o hiper-consumismo leva a uma maior fragilização do indivíduo, ainda que o seu bem-estar, paradoxalmente, seja maior.

domingo, 21 de junho de 2009

sábado, 20 de junho de 2009

Marchas Populares III

A Sociedade Dramática de Carnide, fundada em 1913, tem-se identificado por uma intensa actividade cultural desde a música ao teatro, ao folclore e à pintura, ao artesanato ou a exposições, entre outros. A Marcha de Carnide participou, mais uma vez, nas Festas de Lisboa e foi em torno da memória dos lugares, das pessoas e dos costumes que as suas danças e cantares se debruçaram. Os seus padrinhos foram Sónia Matias (cavaleira) e Miguel Bogalho (actor). Tive a oportunidade de fotografar esta participação, quer no Pavilhão Atlântico, quer na descida da Avenida, sempre acompanhado pela diversão, pela boa disposição e por uma forte vontade de manter uma tradição.











quinta-feira, 18 de junho de 2009

Rei Ubu - as marionetas

As marionetas do espectáculo Rei Ubu foram da autoria de Jorge Serqueira.





A música de Rei Ubu

A música do espectáculo Rei Ubu, de Alfred Jarry, a nova produção do grupo de teatro Fio D’Azeite foi tocada ao vivo pelos músicos Carlos Bastos e Lito Pedreira.


segunda-feira, 15 de junho de 2009

Marchas Populares II

Pormenores-Vida no outro lado da festa...




domingo, 14 de junho de 2009