sábado, 6 de novembro de 2010

Forte da Consolação – Peniche


A Praça-forte é constituída por uma série de obras defensivas com estrutura abaluartada, com planta no formato de um polígono irregular estrelado, adaptado ao terreno. O perímetro amuralhado abrange uma área de cerca de dois hectares, onde se inscrevem quatro Portas - a das Cabanas, a Nova, a da Ponta e a de Peniche de Cima. Entre vários marcos históricos, durante o Estado Novo português (1930-1974), o Forte converteu-se em prisão política de segurança máxima. A 3 de Janeiro de 1960 foi palco da espectacular “Fuga de Peniche”, protagonizada por Álvaro Cunhal, Joaquim Gomes, Carlos Costa, Jaime Serra, Francisco Miguel, José Carlos, Guilherme Carvalho, Pedro Soares, Rogério de Carvalho e Francisco Martins Rodrigues. Em 25 de Abril de 1974, ao eclodir a Revolução dos Cravos, foi um dos pontos-chave dos revolucionários, passando a ser utilizada como abrigo para os retornados dos ex-territórios ultramarinos portugueses em África, quando do processo de Descolonização. O Forte da Consolação encontra-se em precário estado de conservação, sendo particularmente preocupante o estado das suas arribas, em processo de derrocada por acção da erosão marinha.







Baluarte Redondo – foi a primeira fortificação erigida na península de Peniche. Durante o Regime do Estado Novo, foi utilizado como zona de isolamento, conhecido pelos ex-presos políticos como “O Segredo”, uma pequena cela central que aí se encontra. Foi a partir deste local que António Dias Lourenço se evadiu na noite de 17 de Dezembro de 1954, protagonizando aquela que é considerada uma das maiores fugas para a liberdade.

  

1 comentário:

A OUTRA disse...

Os meus parabéns por esta espectacular série de fotografias, que contam histórias da nossa história, desconhecida ou até ignorada para muitos, para quem o 25 foi Abril foi somente... cravos...!
Maria